Categoria: Artigos
Data: 10/04/2023

Crônicas
de uma Viagem aos Estados Unidos (3)


A
segunda metrópole visitada nessa viagem foi a histórica Filadélfia, conhecida
carinhosamente como “Philly” ou, a partir do significado do seu nome de origem
grega, “cidade do amor fraternal”. Trata-se da principal cidade do Estado da
Pensilvânia, que tem como capital Harrisburg, localizada perto da terra natal
do Rev. Simonton. A colônia da Pensilvânia (“selva de Penn”) e a cidade de
Filadélfia foram fundadas em 1682 pelo quaker inglês William Penn, tornando-se
um refúgio para as mais diferentes minorias religiosas que enfrentavam
perseguição na Inglaterra e em outros locais.




 Filadélfia possui a distinção de ser
o berço da República Americana. Por sua posição central entre as colônias
originais, ela foi o principal ponto de encontro dos “pais fundadores” e
inspirou a Revolução. Nela se verificaram o Primeiro Congresso Continental
(1774), a Declaração de Independência (1776) e a promulgação da Constituição
Americana (1787), tendo sido a primeira capital dos Estados Unidos.


Filadélfia
é também o berço do presbiterianismo naquele país. Foi nela que se organizou,
em 1706, o primeiro presbitério, sob a liderança do Rev. Francis Makemie, o
“pai do presbiterianismo americano”. Onze anos depois, surgiu o Sínodo de Filadélfia,
com três presbitérios. Finalmente, em 1789 reuniu-se na cidade, pela primeira
vez, a Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos da América
(PCUSA). A 1ª Igreja Presbiteriana de Filadélfia foi fundada em 1698 e a 2ª
Igreja em 1743. Ao longo do tempo, a cidade tem sido sede de importantes
organizações eclesiásticas, como a Junta Presbiteriana de Publicações (1838) e
a Sociedade Histórica Presbiteriana (1852), o principal arquivo histórico do
presbiterianismo americano. Um pouco ao norte, está localizado o Seminário
Teológico Westminster, de convicção reformada, fundado pelo Rev. John Gresham
Machen em 1929.


Infelizmente,
a brevidade da estada em Filadélfia não permitiu visitar esses locais, mas
somente alguns pontos de interesse geral, especialmente associados à
independência americana, como o Sino da Liberdade, o Independence Hall e a
encantadora viela Elfreth, a mais antiga rua com habitação contínua no país. A
visita aos locais históricos do presbiterianismo terá de ficar para outra
ocasião.


A
parada seguinte foi a majestosa capital americana, Washington, no Distrito de
Colúmbia ou Distrito Federal. Situada entre os estados da Virgínia e de
Maryland, foi inaugurada em 1800. Além de um passeio em torno da Casa Branca e
do Capitólio (a belíssima sede do Congresso Americano), um local de especial proveito
foi o Museu da Bíblia, aberto ao público em 2017. O vasto e moderno edifício de
vários pavimentos, com dezenas de ambientes e milhares de itens em exposição, é
fascinante para os apreciadores das Escrituras e da história. O único problema
foi a falta de tempo para conhecer melhor o imenso acervo, algo que exigiria
alguns dias.


Também
foi muito interessante a visita à Igreja Presbiteriana da Avenida Nova York,
cujas raízes remontam a 1803, pouco anos após a fundação da capital americana.
Situada a apenas quatro quadras da Casa Branca, é conhecida como a “Igreja dos Presidentes”,
tendo sido frequentada por Abraham Lincoln, Dwight Eisenhower, Richard Nixon e
vários outros supremos mandatários da nação, bem como por membros do Congresso
e da Suprema Corte. Nos anos 40, na época da 2ª Guerra Mundial, a igreja foi
pastoreada pelo escocês Rev. Peter Marshall, considerado um dos maiores
pregadores de sua geração, que também foi capelão do Senado Americano. Após sua
morte aos 46 anos em 1949, sua esposa publicou o livro
A Man Called Peter (“Um homem chamado Pedro”), publicado pela Casa
Editora Presbiteriana com o título
Para
Todo o Sempre
, poucos anos depois transformado em um filme de grande
sucesso.


Imagens: 

1. Presbyterian
Historical Society

2. IP
da Avenida Nova York

3. Museu
da Bíblia


O Rev. Alderi Souza de Matos é o
historiador da IPB


Galeria de Fotos -

Autor: Jornal Brasil Presbiteriano   |   Visualizações: 302 pessoas
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